sábado, 25 de abril de 2009

Ata de 18 de Abril

A TABUADA

Alam


Multiplicam-se as Atas fazendo o registro, há tempo,
Do que ocorre nos encontros desta nossa Confraria,
Mesmo quando acontece de ser um daqueles dias
Que merecem, simplesmente, cair no esquecimento.
E, talvez, pelo motivo de haver Atas reclamando,
Diminuiu o barulho causado por gente falando.

A música é uma soma de ritmo, melodia,
Afinação e harmonia para o acompanhamento.
É sempre bom praticar, um pouquinho, todo dia,
E, quando estiver tocando, permanecer sempre atento,
Porque não existe ninguém que encontre a solução
Quando o cantor, ou solista, se perde na divisão.

sábado, 18 de abril de 2009

Ata de 11 de abril

ESPECULANDO


Alam


-Você, semana passada, estava tocando caixeta,
(Eu disse, tocando caixeta), batendo na peça e na mesa.
Estava quase apagado, estava muito zureta,
A cachaça lhe pegou que foi, mesmo, uma beleza.
-Você é que está inventando história para essa gente,
Porque, semana passada, eu nem estava presente.

(A essa hora ocorria, como já é tradição,
A festa de aniversário de uma nossa companheira,
Que nos traz, todas as vezes, comidinhas de primeira.
Desta, foi uma beleza de bobó de camarão).
Caso ouvisse essa conversa que houve na Confraria,
Eu fico me perguntando, o que Alzheimer diria?

sábado, 11 de abril de 2009

Ata de 4 de Abril

ANUNCIAÇÃO



Alam


Mais um confrade chegando, por enquanto está bem quieto,
Ainda vai participar, mas não tem nenhuma pressa.
Nada toca, nada canta, não batuca, nem conversa,
Só se deixando notar por quem está muito perto.
Por enquanto fica ouvindo, sem provocar alarido,
Acredito ser chorão. Espero, no bom sentido.

Como disse, é discreto, não incomoda ou chateia,
Nada bebe, nada come, fica ali, só escutando
Como se toca, se canta, ou se está batucando.
Quando muito, vez por outra, sem barulho, sapateia.
Assim fica registrada, para a posteridade,
A gravidez da Confreira, para orgulho do Confrade.

sábado, 4 de abril de 2009

Ata de 28 de março

SERÁ?


Alam


A nossa reunião foi um acontecimento.
Nenhum aborrecimento, por conta de falação,
Ninguém inventando história que cause complicação,
Todo mundo conseguindo escutar os instrumentos.
Será que é o início da nossa tranquilidade,
Ou, somente, a calmaria que antecede a tempestade?

Diz um lema do comércio, que o freguês sempre está certo;
Esta é uma maneira de mantê-lo consumindo.
Quem quiser nos escutar pode entrar e chegar perto,
Porém sem atrapalhar, porque aí não é bem vindo.
Reunião da Confraria, fazer música é nossa meta,
E aqui não tem freguês. É convidado, ou penetra.