quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Ata de 3 de Outubro

FINAL


Alam



Conversa boa, animada, pouca gente atrapalhando,
(Só o pessoal da música, que é muito mal-educado),
Um companheiro contando que fica no quarto, trancado,
Para não ser perturbado na hora em que está tocando.
E afirmou na presença de todos, na Confraria,
Que ainda tem disposição para tocar todo dia.

E assim estou virando mais uma página da vida,
Encerrando, após seis anos, minha carreira de escriba.

domingo, 4 de outubro de 2009

Ata de 26 de Setembro

LUA-DE-MEL


alam


Estava ausente o Poeta, um companheiro fiel,
Mas o motivo da ausência foi muito bem explicado.
É que o nosso confrade agora é recém-casado
E, por certo, está curtindo a sua lua-de-mel.
Quem sabe se inspirados pela chegada da Jade
Arranjem, em nove meses, mais alguma novidade.

Talvez esse longo tempo sem alguma companhia
O tenha feito sofrer de tristeza e solidão,
Para uns isto é motivo de muita inspiração,
Porém ele nunca mais fez nenhuma poesia.
Vejamos se, doravante, chegará com novos textos,
Ou irá ficar em casa, preso pelo cabresto!

domingo, 27 de setembro de 2009

Ata de 19 de Setembro

BOAS VINDAS


alam


Reunião sossegada, em uma tarde normal,
Enquanto estive presente, não houve nenhuma surpresa.
A única diferença foi que a cachaça e a cerveja
Desta vez foram bebidas por motivo especial.
Festejamos a chegada da nossa confreirinha, Jade,
Por obra de uma confreira, com a ajuda de um confrade.

domingo, 20 de setembro de 2009

Ata de 12 de Setembro

VIVENDO E APRENDENDO


Alam


Os olhos brilhando, em fogo, parecia extasiado,
Nunca vira algo assim, apesar de bem maduro.
Com o instrumento pequeno, porem bem utilizado,
Alguém conseguiu dar sete, seguidas, no mesmo furo.
Sete notas musicais da escala diatônica.
Era um profissional, afinador de harmônica

Vou fazer mais uma estrofe para manter a tradição,
Pois nessa data não houve nada de especial,
Tarde de pouca conversa, boa tarde musical,
Qualquer coisa que escreva, há de ser repetição.
Tamanho não é documento, já está mais do que provado.
Importante, realmente, é o prazer provocado.

domingo, 13 de setembro de 2009

VIDEO DA SEMANA

IMAGENS CONFRADERNAIS

Ata de 5 de Setembro

PERGUNTAS E RESPOSTAS

alam


O local é adequado, tem cerveja e tira gosto.
O grupo tem no seu nome Samba, Choro e Poesia,
Quem chega é sempre bem-vindo, desde que não seja encosto.
O horário conveniente, sábados ao final do dia.
Por que então os bandolins, cavacos, clarinetes, flautas,
Aparecem umas vezes, e depois nunca mais voltam?

Quem vem deseja tocar, porém uns não colaboram,
Somente para ler a Ata, a música é interrompida,
Mas quem devia estar tocando quer jogar conversa fora,
E, ao final, alguém declara que a Ata não foi lida.
Desisto de reclamar, pois isso só dá desgosto.
Vou botar no meu lugar um desses bonecos de posto.

domingo, 6 de setembro de 2009

Ata de 29 de Agosto

CARTÃO VERMELHO

Alam

Já era final de jogo, talvez na prorrogação,
Parecia que mais nada iria ocorrer. No entanto,
Alguém invadiu o gramado provocando confusão
E, durante uma rodada, perdeu-se o mando de campo.
Aqui está registrado e encerrado o assunto.
Não vale a pena gastar velas com um mau defunto!

domingo, 30 de agosto de 2009

Ata de 22 de Agosto

ALEGRIAS

Alam

Sendo abraçado por trás e beijado no pescoço,
Foi contado pelo próprio, não é mentira furreca,
Sentiu grande alegria, fazendo grande alvoroço,
Ao reconhecer o outro pela cabeça careca.
A história parece estranha, mas pode ser explicada.
O outro era Jesus, com a cabeça raspada.

Fiz mais um aniversário. Todos vivem esse fato
Porque o tempo não para, prosseguindo inexorável.
Apesar de ser um jovem rapaz de quarenta e quatro,
Ganhar presentes, ainda, é uma surpresa agradável,
E sendo do que se gosta, é uma alegria inaudita.
De um confrade, uma cachaça. De uma confreira, Periquita.

domingo, 23 de agosto de 2009

Ata de 15 de Agosto

DATAS E FATOS

Alam


Parabéns aos Companheiros, que nasceram neste mês,
Pelo seu aniversário, motivo de estar contentes.
Por mais um ciclo da vida iniciar-se outra vez,
Ou, ao menos, pelo fato de ser um sobrevivente.
Para os confrades Poeta, Escriba, e o Anfitrião,
Aniversário em Agosto é programa de Leão.
Sem esquecer o Dançarino que, pela data de origem,
Parece ser um Leão, mas acaba sendo Virgem

Alguém falou a respeito de uma casa de suingue,
Não o suingue do jazz ou do samba sincopado,
Logo outro Companheiro, um tanto desinformado,
Perguntava a respeito da aparência das meninas.
Suingue é um piquenique aonde um bando de homens.
Leva o seu prato, de casa, e lá todo mundo come!

domingo, 16 de agosto de 2009

Ata de 8 de Agosto

ENROLANDO

Alam

Começou no Ivair. Havia bem pouco tempo
Eu estava começando a frequentar a Confraria
Que ainda nem tinha nome, porém, a todo o momento,
Entre um samba e um choro, alguém fazia poesia,
Quando observando um fato, e aproveitando o clima,
Fiz um pequeno relato, do mesmo, em forma de rima.

Daí surgiram os encostos, as Musas, as entidades,
(Por onde andará o Cérbero, que era nosso guardião?)
E os relatos prosseguiram, sempre fiéis à verdade,
Temperados, realmente, com alguma imaginação.
Assim, mantendo a tradição que já vem de longa data,
Mesmo sem estar presente, escrevi a nossa Ata.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

sábado, 8 de agosto de 2009

Ata de 1 de Agosto

PSICOGRAFANDO.




Alam

Motivo imperioso, alheio à minha vontade,
Impediu minha presença na última reunião.
Porém tendo a pretensão de ser escriba, de verdade,
No lugar do testemunho, uso a imaginação.
É que após tantos anos registrando a Confraria,
É fácil imaginar o que houve nesse dia.

Alguém acabou dormindo na euforia da cachaça,
Outro parou de tocar pra falar qualquer assunto,
Teve gente resmungando, por rabugice ou pirraça,
Na música, foi muito raro todo mundo acabar junto,
E, para beber mais uma, alguém para o violão.
Mas não dá para viver sem essa esculhambação!!!

sábado, 1 de agosto de 2009

Ata de 25 de Julho

AH1N1


Alam

Reunião de pouca gente, somente o essencial,
Com vontade de tocar, e não de ficar de conversa.
Todo mundo se escutando, o que é fundamental,
Talvez por isso a tarde passasse, assim, tão depressa
E já provocando saudades no momento em que acaba,
Deixando aquela certeza de que se melhorar estraga.

É muito gratificante quando a música predomina
Deixando a esperança de que vá ser bom de novo.
No entanto eu pergunto por onde anda esse povo,
Terá ficado em casa por medo da “Gripe Suína”?
Ela está sendo falada de uma forma tão intensa
Que tem gente usando máscara até em vídeo-conferência.

sábado, 25 de julho de 2009

Ata de 18 de Julho

PAJELANÇA

Alam

Veio com um contrabaixo, aqui tudo é normal
Apesar de contrabaixo ser mais adequado ao rock,
Podia ser um violão, um bandolim, ou coisa e tal,
Mesmo sendo contrabaixo, é melhor que sente e toque.
Para beber, não quis cana, não quis cerveja, nem nada,
Trouxe, em uma sacola, um litro de garrafada.

Cura pra qualquer mazela que se possa imaginar,
Fazendo ficar bem melhor a qualidade de vida,
Mau olhado, erisipela, brochura, espinhela caída,
Muito mais eficiente que o “Emplastro Sabiá”.
Seu sabor, eu não provei, apenas senti o cheiro
Igual ao de uma casa de produtos pra terreiro.

sábado, 18 de julho de 2009

Ata de 11 de Julho

CURIOSIDADE


Alam

Além do chá-de-bebê, que estava programado,
Também a futura mamãe recebeu a sua parte.
Foi trazido para a mesa um bolo de chocolate
E cantado o “Parabéns”, pelo seu aniversário.
Cinquenta litros de chope para a rapaziada,
Tendo como tira-gosto uma bela feijoada.

Para fazer a feijoada, na panela vai feijão,
Não é uma feijoada qualquer, esta é de frutos-do-mar,
Vão a lula, os mariscos e, também o camarão.
O que leva um Confrade, curioso, a perguntar:
Sendo lula um animal, quem isto afirma não erra,
Podemos, então, dizer que a vaca é um fruto da terra?

sábado, 11 de julho de 2009

Ata de 4 de Julho

CHÁ DE BEBÊ II


Alam


Teremos “Chá de Bebê”, e não será o primeiro.
O outro fez mais de seis anos, é pequena a demanda.
É que a nossa Confraria parece um grupo de pandas,
Onde é muito difícil procriar em cativeiro.
Portanto quando acontece um fato assim, tão singular,
Não existe outra saída. Temos que comemorar.

Agora podemos ver que as atas são importantes
Para o resgate da história, pelo menos uma vez.
Está registrado que o “Chá de Bebê” que houve antes
Foi aos vinte e um de Junho do ano dois mil e três.
Pedimos à Presidenta que, entretanto, não pretenda
Decretar um “Chá das Cinco” com “Consultoras de Vendas”.

sábado, 4 de julho de 2009

Ata de 27 de Junho

OBSERVAÇÕES


Alam



A Companheira poeta, após um longo recesso,
Voltou a participar das lides da Confraria
Prestando bela homenagem, em forma de poesia,
A um grande amigo seu, que nenhum de nós conhece.
Deixando a clara impressão de que muito lhe apraz,
Aonde quer que ela vá, levar, sempre, o Paulo atrás.

Tocar tamborim com baqueta, sem os devidos cuidados,
Produz um som muito alto, por vezes insuportável.
Porém tocando com os dedos, como fez outro Confrade,
O resultado final é muito mais agradável.
Portanto ninguém se espante, pois é muito natural,
Que o dedo, bem usado, possa ser melhor que um pau.

sábado, 27 de junho de 2009

Ata de 20 de Junho

PURO ESTRESSE


Alam

Nossa nova presidente inicia o seu mandato,
Mulher chefe de governo virou moda mundo afora,
No dia em que ocorre um outro importante fato:
Uma nossa companheira, o aniversário, comemora.
Sem confusão, ou protestos, o dia foi só de festa.
É assim que acontece quando a eleição é honesta.

Estava um tanto disperso, o Supremo Guardião,
Talvez pela emoção de garantir outra posse.
Queria botar pimenta, mas fez uma confusão
E temperou o seu quibe com xarope para a tosse.
É certo que, vez por outra, todo mundo se engana,
Mas não tem que misturar “aquela” cerveja na Brahma.

sábado, 20 de junho de 2009

Ata de 13 de Junho

SOB NOVA DIREÇÃO


Alam


Sessenta e oito por cento. Este foi o resultado,
Amplamente divulgado, da veloz apuração
Do escrutínio efetuado, que deixou determinada
A permanência do poder nas mãos da situação.
Formalmente, o Aiatolá, declara e embaixo assina:
O cargo de presidente é da confreira Cristina.

Durante a sua gestão, que ora se inicia,
E creio que a maioria dos companheiros concorde,
Parece ser necessário um grande “Choque de Ordem”
Para acabar com a praga que assola a Confraria.
Quem quer pode beber pouco, beber muito, encher o pote.
Mas aquilo que não pode é, no final, dar calote.

domingo, 14 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

Ata de 6 de Junho

COM LICENÇA, MESTRE CHICO.


Alam


O primeiro se chegou como quem vem do analista,
Perguntou uma bobagem e sumiu sem deixar pistas.
Foi embora e, felizmente, até hoje não voltou,
Mas nos pareceu, bem claro, que ele era um precursor.
Recomeçamos a música, a beber cerveja e cana,
Aguardando, preocupados, pela próxima semana.

O segundo se chegou como quem chega do bar,
Deu palpites, bateu palmas, não largou do celular,
Encostou num companheiro que tocava violão,
Levou bronca de um confrade por sua perturbação.
Ainda bem que em seguida foi embora, de mansinho.
Esperamos que a manguaça o faça esquecer o caminho.

O terceiro se chegou em uma tarde inusitada,
A cozinha, com as cervejas, tinha ficado trancada.
Não vieram, um violão, o gaiteiro e um pandeirista,
Já deviam estar prevendo que viria essa visita,
Que, também, durou bem pouco, ninguém precisava mais,
Ele era, simplesmente, o nosso Encosto Primaz!

sábado, 6 de junho de 2009

Ata de 30 de Maio

VERSO E REVERSO


Alam


Falamos na última semana sobre estranha aparição,
Que parecia o prenúncio de algum acontecimento.
Dito e feito. Já tivemos a presença de um elemento
Que chegou dando palpites e batucando nas mãos.
Encosto é igual à formiga que fica esperando, no ninho,
A volta das precursoras para mostrar o caminho.

Mas houve, também, bons motivos para sentir alegria,
O que não foi, com certeza, aquele caso primeiro.
A roda estava formada, como sempre deveria,
Com solistas, violões, cavaquinhos e pandeiro.
E, dessa vez, o Gaiteiro não estava tocando só.
Estava presente a dupla, Ligeirinho e Jean Poró.

sábado, 30 de maio de 2009

Ata de 21 de Maio

GRITO DE ALERTA


Alam


“-Moço, você sabe me dizer se aqui é um terreiro?”
Quem fazia essa pergunta era uma criatura
Que surgira da calçada, tendo a porta por moldura,
Parecendo pertencer à turma do Bento Carneiro.
É um fato preocupante, essa estranha aparição.
Pode ser o precursor de uma grande legião,
Daqueles que pedem “roquinho”, ou música sertaneja,
Sacodem a nossa cadeira e, sem nenhuma noção
Do que venha a ser ritmo, do que seja divisão,
Vão batucando nas mesas e garrafas de cerveja.
Ou então daqueles tipos, espero que não apareçam,
Que cantam mal e de pé, cuspindo nas nossas cabeças.

sábado, 23 de maio de 2009

Ata de 16 de Maio

A RODA DA VIDA


Alam


A vida anda em círculos onde tudo se repete,
O que acontece agora já ocorreu outro dia,
É assim no universo. Por que não na Confraria?
E só resta ao Escriba fazer o que lhe compete.
Observar tudo aquilo que parece novidade
E fazer o seu registro para a posteridade.

Som alto tocando pagode e música sertaneja.
Ismaestro Ligeirinho mexendo no seu “banjolim”.
Começar tocando choro, deixando o samba pro fim.
Gente chegando, bebendo e não pagando a cerveja.
E o companheiro Poeta começando, novamente,
A tocar seu tamborim dormindo profundamente.

sábado, 16 de maio de 2009

Ata de 9 de Maio

OSSOS DO OFÍCIO


Alam


Para comer, feijão branco repleto de frutos do mar
Preparado pelo pai, que está comunicando
O fato de ser menina quem, em breve, está chegando,
E, junto com os confrades, resolveu comemorar.
Já escuta choro e samba, bem antes do nascimento.
Não demora, está na roda tocando algum instrumento.

Roda essa que se forma, já faz um punhado de anos,
Sem que haja compromisso, sem que haja obrigação,
Onde o que importa é a música, e evita-se discussões,
Apesar de, algumas vezes, frustrarem-se nossos planos.
Não podemos evitar, quando a vida nos enseja,
De fazer o “test drive” de cachaça e de cerveja.

sábado, 9 de maio de 2009

Ata de 2 de Maio

O SANTO GUERREIRO


Alam


Quem canta e toca sozinho tem toda a liberdade
De fazer o que quiser com a voz e o instrumento,
Alterar a melodia, a divisão, o andamento,
Ser artista, inventando a bossa que tiver vontade.
Mas quando estiver em grupo, em atenção aos companheiros,
Não pode sair cantando como se faz no chuveiro.

Recebemos, com alegria, de volta ao nosso convívio,
Após longa temporada em que esteve afastado,
Um companheiro que chega bastante aliviado
Por não mais ser obrigado a viver em um presídio.
Não fiquem pensando mal desse nosso companheiro,
Ele estava no presídio porque era carcereiro.

sábado, 2 de maio de 2009

Ata de 25 de Abril

PRÉ-VESTIBULAR


Alam


Entrar para a Confraria não é nada complicado.
Tendo sido apresentado, ou vindo de curioso,
Só precisa chegar bem, não se mostrar espaçoso,
Que, para participar, logo será convidado.
Não sabe o que é chegar bem? É só por as mãos à obra
Lembrando a primeira visita que fez à futura sogra.

Não se discute política, futebol e religião.
Fuma-se bem longe da mesa, com isso não há complacência.
Quantas cervejas pagar, é questão de consciência.
Nenhum instrumento é ligado. A gaita é exceção.
No mais, é beber cachaça, cerveja, falar besteira
E, se tiver que morrer, esperar segunda-feira.

sábado, 25 de abril de 2009

Ata de 18 de Abril

A TABUADA

Alam


Multiplicam-se as Atas fazendo o registro, há tempo,
Do que ocorre nos encontros desta nossa Confraria,
Mesmo quando acontece de ser um daqueles dias
Que merecem, simplesmente, cair no esquecimento.
E, talvez, pelo motivo de haver Atas reclamando,
Diminuiu o barulho causado por gente falando.

A música é uma soma de ritmo, melodia,
Afinação e harmonia para o acompanhamento.
É sempre bom praticar, um pouquinho, todo dia,
E, quando estiver tocando, permanecer sempre atento,
Porque não existe ninguém que encontre a solução
Quando o cantor, ou solista, se perde na divisão.

sábado, 18 de abril de 2009

Ata de 11 de abril

ESPECULANDO


Alam


-Você, semana passada, estava tocando caixeta,
(Eu disse, tocando caixeta), batendo na peça e na mesa.
Estava quase apagado, estava muito zureta,
A cachaça lhe pegou que foi, mesmo, uma beleza.
-Você é que está inventando história para essa gente,
Porque, semana passada, eu nem estava presente.

(A essa hora ocorria, como já é tradição,
A festa de aniversário de uma nossa companheira,
Que nos traz, todas as vezes, comidinhas de primeira.
Desta, foi uma beleza de bobó de camarão).
Caso ouvisse essa conversa que houve na Confraria,
Eu fico me perguntando, o que Alzheimer diria?

sábado, 11 de abril de 2009

Ata de 4 de Abril

ANUNCIAÇÃO



Alam


Mais um confrade chegando, por enquanto está bem quieto,
Ainda vai participar, mas não tem nenhuma pressa.
Nada toca, nada canta, não batuca, nem conversa,
Só se deixando notar por quem está muito perto.
Por enquanto fica ouvindo, sem provocar alarido,
Acredito ser chorão. Espero, no bom sentido.

Como disse, é discreto, não incomoda ou chateia,
Nada bebe, nada come, fica ali, só escutando
Como se toca, se canta, ou se está batucando.
Quando muito, vez por outra, sem barulho, sapateia.
Assim fica registrada, para a posteridade,
A gravidez da Confreira, para orgulho do Confrade.

sábado, 4 de abril de 2009

Ata de 28 de março

SERÁ?


Alam


A nossa reunião foi um acontecimento.
Nenhum aborrecimento, por conta de falação,
Ninguém inventando história que cause complicação,
Todo mundo conseguindo escutar os instrumentos.
Será que é o início da nossa tranquilidade,
Ou, somente, a calmaria que antecede a tempestade?

Diz um lema do comércio, que o freguês sempre está certo;
Esta é uma maneira de mantê-lo consumindo.
Quem quiser nos escutar pode entrar e chegar perto,
Porém sem atrapalhar, porque aí não é bem vindo.
Reunião da Confraria, fazer música é nossa meta,
E aqui não tem freguês. É convidado, ou penetra.

sábado, 28 de março de 2009

Ata de 21 de Março

ELE VOLTARÁ?


Alam


Há empenho em conseguir silêncio dos visitantes,
A reunião é nossa, o local, particular,
Portanto, temos total direito de reclamar,
Apesar do mau exemplo de alguns participantes.
Quem não sabe ficar quieto, e fala a tarde inteirinha,
Que pegue a sua cerveja, e vá tomar na cozinha.

Ligeirinho está voltando, já é a terceira semana,
E tem trazido consigo o mais novo companheiro,
Que, além de cantar samba, toca violão e pandeiro,
Gosta de uma cerveja, e não dispensa uma cana.
Ser bem-vindo só depende de como alguém se conduz.
É mais um, na irmandade, esperando por Jesus.

segunda-feira, 23 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

Ata de 14 de Março

ALZHEIMER OU XEXEIROS?



Alam



Parabéns para a Confreira, cuja arte é a pintura.

E, também, ao Ligeirinho, que veio com o companheiro

Que no outro endereço passou por intensa agrura,

(Mas aqui já está sabendo onde fica o banheiro),

Ao ter sido destratado, em uma enorme lambança,

Fato que foi decisivo para a nossa mudança.



Cada um bebe o que quer, depois paga a seu critério.

Bebe pouco, paga pouco, paga mais quem enche o pote.

Ninguém fica controlando, ser honesto não é mistério,

E os confrades, nós sabemos, não costumam dar calote.

Birita causa amnésia, portanto tenhamos cuidado

Com o dízimo na cuia, e as garrafas no engradado.

sábado, 14 de março de 2009

Ata de 7 de Março

TRAGICOMÉDIA



Alam


Parece ser anedota que eu esteja inventando,

Num filme dos “Trapalhões”, até poderia ter graça.

Um para, no meio da música, para beber uma cachaça,

Já outro quer apertar a mão de quem está tocando.

Quando chega um visitante, faz-se a maior gritaria.

Fazer música está difícil, e não se faz poesia.


Os tocadores de instrumentos vão chegando um após outro,

Sentando-se à ponta da mesa, todo mundo espremido.

Não é uma arrumação que ofereça conforto,

Mas é o único jeito de ouvir e ser ouvido.

Com muita reclamação, esforço, e teimosia,

Conseguimos tocar choro. É assim a Confraria.

sábado, 7 de março de 2009

Ata de 28 de Fevereiro

VISITANTE ILUSTRE



Alam



Ele chegou de surpresa, e não estava sozinho,

Veio sendo conduzido pelo aniversariante.

Ao violão sete cordas, serviu de acompanhante,

E tocou, como solista, uns choros no cavaquinho.

É um prazer receber, no seio da Confraria,

O músico que foi meu mestre na arte da luteria.



Com uma semana de atraso veio o aniversariante,

Trazendo o seu convidado, na maior tranqüilidade.

Talvez houvesse esquecido a data, tão importante,

Indicação dos primeiros sinais de senilidade,

Que aparecem pouco a pouco, por melhor que alguém se sinta.

Afinal, o Companheiro, já está perto dos trinta!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ata de 21 de Fevereiro

A NATUREZA



Alam



Passou para combinar, já há mais de quinze dias,

Que a comemoração da data do seu natalício,

(Muitos Confrades o fazem, há tempo, desde o início),

Seria feita aqui, na reunião da Confraria.

Não chegou até bem tarde, mas nada mudou, realmente.

Aniversário e velório, só valem de corpo presente.



Bandolim, gaita, cavaco, flauta, bastante solistas,

Os violões, como sempre, mas faltava o pandeiro.

O choro sem percussão não é bom, mas um Companheiro,

Com uns ovinhos de plástico, foi o nosso ritmista.

No bom uso do instrumento, vejam que interessante,

O balançar dos ovinhos é um fator importante.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ata de 14 de Fevereiro

EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA



Alam



Caso alguém não compreenda essa nossa exigência

De, quando estivermos tocando, acabar a falação,

Eu explico: São, apenas, as regras de convivência

Entre quem é visitante, e quem é anfitrião.

Quem chega é sempre bem vindo, mas não pode atrapalhar.

A nossa reunião é um ato particular.



O local nos foi cedido por quem, de fato e direito,

É seu dono, e o usa do modo que lhe aprouver.

Aos sábados é o nosso espaço, informo a quem não souber,

E as coisas, simplesmente, teem que ser do nosso jeito.

Aos visitantes pedimos não fazer algaravia,

Pedido que se estende aos membros da Confraria.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ata de 7 de Fevereiro

EM PROSA E VERSO



Alam


Quando existe falação, todo músico se incomoda,

Mas existe um fenômeno, há tempo, me intrigando:

Por que até quem é músico, quando não está tocando,

Fica conversando, alto, e esquece quem está na roda?

Continuo insistindo, água mole em pedra dura.

Caso, algum dia, eu consiga; brindarei com Arte Pura.


Um companheiro falou sobre um fato que é notório:

Os cantores teem andado com pouca inspiração,

Todo dia as mesmas músicas, eterna repetição,

E os solistas deveriam variar o repertório.

Concordo com o Confrade, no entanto eu pergunto:

Além de faltar repertório, não está sobrando assunto?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ata de 31 de Janeiro

CURTO E GROSSO. (NO BOM SENTIDO, É CLARO)

Alam

Quando existe falação, todo músico se incomoda,

Mas existe um fenômeno, há tempo, me intrigando:

Por que até quem é músico, quando não está tocando,

Fica conversando, alto, e esquece quem está na roda?

Jacob tinha uns cartões, um eu vi, ninguém me disse,

Que mandava ao tagarela, convidando que saísse.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ata de 24 de Janeiro

SEM CRISE

Alam


Aqui, nesta Confraria, cada sábado é diferente.

Vem bandolim, sanfoneiro, até trombone de vara,

Gaita, sax, clarineta, flauta, encostos, (coisa rara),

E, até, uma cantora que também toca trompete

Antonel é o nosso vice, o presidente é Obrahma

A Arte Pura, escura, é nossa Primeira Dama.


Presidente viajante, há tempo que fez escola,

Quando é mais necessário, aí é que ele não vem.

A tarde quase perdida, mas pra ele tudo bem,

Aqui não existe crise. Não passa de uma marola.

O Presidente faltou no último, e triste, sábado.

Sua filha deu à luz, e ele ficou de resguardo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

Ata de 17 de Janeiro

VIAJANDO


Alam



Mais um produto Arte Pura está sendo degustado.
Mais escuro, avermelhado, com espuma consistente,
É diferente de tudo a que se está acostumado,
Faz de conta que eu entendo: É um “Stout” excelente.
O choro foi prejudicado por constante falação,
Mas o chope, felizmente, salvou a reunião.


Está tudo combinado, o jogo é de futsal,
Local e hora marcados, a turma se compromete.
Assim que soa o apito, para o chute inicial,
Alguns agarram a bola, e saem jogando basquete.
Isso não tem nada a ver com a nossa Confraria,
É apenas divagação. É apenas fantasia.

domingo, 18 de janeiro de 2009

17 DE JANEIRO DE 2009





O SÁBADO FOI PRÁ LÁ DE FRACO, A MUITOS ANOS NÃO SE VIA UM ASSIM. MEDONHO!!!!!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ata de 10 Janeiro

IN VINO, VERITAS.


Alam

O sanfoneiro não veio, dissera que estava a fim,

Também não, o trombonista e o flautista visitantes,

O nosso clarinetista, e o Gaiteiro, tão constante,

Mas tivemos a presença de um exímio bandolim,

Que, junto com outra flauta, e um cavaco competente,

Mostrou que, na Confraria, todo sábado é diferente.


Escuro, forte, encorpado, um verdadeiro colosso.

Vocês irão conhecê-lo no próximo sábado à tarde.

Promete o Companheiro, contando, com muito alarde,

Que ele enche a sua boca com aquele creme grosso.

Depois de algumas cachaças, sempre se diz a verdade,

E esse chope, por certo, há de ser de qualidade.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

AGRADECIMENTOS COMOVIDOS

A CONFRARIA VEM A PÚBLICO AGRADECER A INDÚSTRIA DE BEBIDAS CERVEJARTE POR NOS AGRACIAR COM O MELHOR
CHOPP JÁ DEGUSTADO POR NÓS, EXIGENTES APRECIADORES.

domingo, 11 de janeiro de 2009

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ata de 3 de Janeiro

MEA CULPA


Alam



Reunião da Confraria, no dia três de Janeiro,
Alguns confrades ausentes,( devem estar viajando
Por conta dos feriados das festas de fim de ano),
Recebemos, de outras terras, visita de um sanfoneiro.
Além de tocar Pixinguinha, Noel, Jacob, e Cartola,
Tivemos, com a sanfona, Hermeto, Nazareth, e Piazzola.


Troca-troca, de presentes, levando um saco nas costas,
Usando um traje vermelho com detalhes em arminho,
Desfilando, de botinas, junto com uns veadinhos.
Aqui não fizemos isto. Dizem que há gente que gosta.
Meu desejo para vocês, foi claro, explicitado.
Desculpe-me algum confrade que tenha ficado frustrado.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Ata de 27 de Dezembro

FATOS E VOTOS


Alam


O Companheiro reclama, e tem lá os seus motivos,

Do andamento mantido pelos percussionistas.

Ele insiste, se esforça, e ao final se irrita,

Por não conseguir tocar um samba ou choro mais vivos.

O samba fica com jeito de ser um samba-canção,

E o choro, parece banda acompanhando procissão.


Mais um ano que termina, se foi bem vivido, não lembro.

São a cerveja e a cachaça cobrando o seu tributo.

Se alguém, porventura, discorda, não faz mal. Eu não discuto.

Só sei que estamos, agora, bem no final de Dezembro.

Chegar a dois mil e dez, é o maior dos nossos planos,

Desejando, para todos, muitos prazeres no ano.