MOMENTOS FUGAZES
Alam
O Companheiro levanta-se e, num tom nada poético,
Vai em direção à porta, fazendo grande alvoroço.
Deblatera contra todos, engrossa a veia do pescoço,
Demonstra-se indignado. Está ficando apoplético.
Alguém teria cometido um ato abominável,
E ele questiona a todos, em busca do responsável.
Todo mundo está perplexo, a música é interrompida,
Parece que algum energúmeno encontra-se à nossa mesa.
O Companheiro esqueceu-se que são coisas desta vida,
Por vezes, não resistir às ânsias da natureza.
Freud diria, por certo, que, tamanha chorumela
Seria para esconder a sua mão amarela.
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