domingo, 23 de novembro de 2008

Ata de 15 de Novembro

MOMENTOS FUGAZES



Alam


O Companheiro levanta-se e, num tom nada poético,

Vai em direção à porta, fazendo grande alvoroço.

Deblatera contra todos, engrossa a veia do pescoço,

Demonstra-se indignado. Está ficando apoplético.

Alguém teria cometido um ato abominável,

E ele questiona a todos, em busca do responsável.



Todo mundo está perplexo, a música é interrompida,

Parece que algum energúmeno encontra-se à nossa mesa.

O Companheiro esqueceu-se que são coisas desta vida,

Por vezes, não resistir às ânsias da natureza.

Freud diria, por certo, que, tamanha chorumela

Seria para esconder a sua mão amarela.

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