domingo, 30 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
Ata de 15 de Novembro
MOMENTOS FUGAZES
Alam
O Companheiro levanta-se e, num tom nada poético,
Vai em direção à porta, fazendo grande alvoroço.
Deblatera contra todos, engrossa a veia do pescoço,
Demonstra-se indignado. Está ficando apoplético.
Alguém teria cometido um ato abominável,
E ele questiona a todos, em busca do responsável.
Todo mundo está perplexo, a música é interrompida,
Parece que algum energúmeno encontra-se à nossa mesa.
O Companheiro esqueceu-se que são coisas desta vida,
Por vezes, não resistir às ânsias da natureza.
Freud diria, por certo, que, tamanha chorumela
Seria para esconder a sua mão amarela.
domingo, 16 de novembro de 2008
Ata de 8 de Novembro
FÍSICA APLICADA
Alam
Com direito a salgadinhos, e a bolo confeitado,
Em meio a muita música, e intensa algaravia,
Tivemos, mais uma vez, um membro da Confraria
Festejando, entre nós, seu dia de aniversário.
Que durante muitos anos repita-se a brincadeira,
São os votos dos Confrades, à nossa querida Confreira.
Um Confrade, sem poder conter a ansiedade,
Comenta ter visto outro, pela porta, circulando.
Após dar algumas voltas, esse outro acaba entrando,
Sem haver nenhum problema, em total normalidade.
Não sei por que o Companheiro estava se estressando.
Prego é que entra direto. Parafuso entra rodando.
domingo, 9 de novembro de 2008
Ata de 1 de Novembro
SUPOSIÇÕES II
Alam
É um companheiro grande, tocador de violão,
Que, junto aos seus Confrades, não tem nenhum preconceito.
E, fazendo um vai e vem, toca, com bastante jeito,
O seu outro instrumento dentro da palma da mão.
E disse que brigaria com quem, sem consentimento,
Tentasse botar na boca o seu pequeno instrumento.
Faz tempo que o Companheiro não mostra essa habilidade,
Que é sempre exercitada por quem é o titular,
Um Confrade entusiasmado, que não pára de tocar
Mas nunca deixou de dar, a ele, oportunidade.
Ao constatar esse fato, eu fico me perguntando:
Será que, além de pequeno, não está funcionando?
domingo, 2 de novembro de 2008
Ata de 25 de Outubro
SUPOSIÇÕES
Alam
Levanta muita poeira, ao chegar falando grosso,
Toca forte, canta alto, além de contar histórias.
A música que está tocando, vai fugindo da memória,
Mesmo assim ele prossegue fazendo o seu alvoroço.
O pessoal desconfia que esse nosso Companheiro
Está prendendo a perereca com cola de sapateiro.
Outro de nossos Confrades havia, há pouco, saído,
Quando alguém, sem ter cuidado em pedir consentimento,
Pegou, e botou na boca, sem pudor, seu instrumento
Que é preto, é roliço, e é um bocado comprido.
Presumo que o Companheiro ficaria incomodado
Ao ver o seu instrumento sendo lambido e babado.