segunda-feira, 29 de setembro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
Ata de 20 de Setembro
NADA É O QUE PARECE
Um companheiro pergunta, falando em um tom baixinho,
Pra ser ouvido, somente, por quem ele está falando,
(Muita gente escutou, apesar de estar tocando),
Se o outro companheiro sabe fazer gostosinho.
Uma pergunta normal. Pra ele, nenhum desdouro.
Gostosinho é, apenas, o nome de um belo choro.
Enquanto isso, um outro reclama do seu destino,
Que resolveu não lhe dar aquilo que ele escolhe.
Não está podendo tocar, por ser muito pequenina,
E, além de pequenina, estar, também, muito mole.
Foi posta em sua mão uma grande, dura, e preta,
E ele ficou feliz, tocando com boa palheta.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
Ata de 13 de Setembro
TÉCNICAS
alam
Há coisas a que se assistem e nas quais não se acredita,
Nem na hora em que ocorrem, nem ao lembrar-se depois.
Assim foi com o Companheiro, sentado sobre a cuíca,
Parecendo que estava fazendo o número dois.
Só então foi descoberto que este é o gabarito
Que ele costuma usar para ajustar o gambito.
Todo mundo se conhece bem melhor do que ninguém,
Assim, dar opinião, não faz lá muito sentido.
Ajustam-se os instrumentos como a cada um convém,
Alguns usam aparelhos, outros confiam no ouvido.
Eu só fico curioso para saber, afinal,
O que o Companheiro faria, se tocasse berimbau!
domingo, 14 de setembro de 2008
Ata de 6 de Agosto
O RETORNO
Alam
Teve lá os seus motivos para andar afastado,
Mas, aqui na nova casa, retornou cheio de fome.
Trouxe, além da clarineta, também um saxofone
Revezando entre uma e o outro, tocou como um desvairado.
Todos gostamos de ouvi-lo, isto não é um segredo,
E, para quem acompanha, haja braço, haja dedo.
É possível, no local, fazer uma grande roda.
A acústica permite que se ouçam os instrumentos.
O Companheiro resolve fazer um agradecimento
E, com sua ansiedade, acabou lançando moda.
Nem farofa, nem pipoca, caruru, marafo, ou canto.
Sua grande novidade foi dar torresmo pro Santo.
sábado, 6 de setembro de 2008
Ata de 30 de agosto
ZUM ZUM ZUM, ZUM ZUM ZUM!
Alam
Seguindo nosso destino, acabamos de mudar.
Saímos de uma garagem para um salão de capoeira,
Espaço bem adequado para a nossa brincadeira,
Que é o samba, é o choro, e a poesia, camará.
Não se pode adivinhar o que ainda está por vir.
Será que vai ter, no choro, berimbau e caxixi?
Neste dia já tivemos cantores em profusão,
Que trouxeram, para o samba, um aumento de qualidade.
Um coral só de mulheres, outra boa novidade,
Apesar de muita gente dedicar-se à falação,
E, até, uma soprano demonstrando, quem diria,
Que, com sua voz, podia superar a algaravia.